sábado, 10 de julho de 2010

OUTROS PEELINGS MECÂNICOS

                                             VÁCUO-PEELING


Utilização do aparelho de vácuo para esfoliação cutânea. A técnica baseia-se nos princípios da microdermoabrasão. O preparo da pele segue normalmente com limpeza (usando-se sabonete facial ou gel ou creme ou emulsão de limpeza); tonificação ( utilizando loção tônica conforme necessidade da pele). A seguir passamos uma camada mais espessa de esfoliante físico (com microesferas de polietileno, sílica, sementes de damasco, óxido de alumínio, sementes de morango, etc.) e passamos a ponteira do vácuo na pressão negativa em movimentos de vai-e-vem verticais e horizontais, formando um desenho quadriculado como o “jogo da velha”. O aparelho a vácuo faz a sucção da epiderme e o movimento provoca o rolamento das esferas do cosmético promovendo uma esfoliação mais intensa, porém não passando da camada córnea. É importante fazer uma boa avaliação da pele do cliente para usar a pressão correta no aparelho, tomando o cuidado de não tracionar demais o tecido, caso em que poderá ocorrer surgimento de petéquias. (manchas puntiformes avermelhadas). Para preservação do aparelho, o procedimento deve ser executado com um filtro no local do acoplamento da ponteira, para evitar que o cosmético penetre na máquina.

                       PEELING DE DIAMANTE OU PEELING DIAMANTADO


Utilização do aparelho de vácuo com uma ponteira especial chamada “caneta diamantada” ou ponteira diamantada. Em uma extremidade da ponteira fica a saída para acoplamento ao aparelho de vácuo, geralmente com filtro. Na extremidade oposta fica o encaixe para acoplamento de lixas diamantadas, redondas, mas que não fazem movimento de rotação, são fixas. Esta técnica também baseia-se nos princípios da microdermoabrasão, e pode ser executada por esteticistas, lembrando sempre que o limite é a camada córnea. A profundidade do peeling depende do número de passadas e da pressão ajustada no aparelho. A caneta será passada sobre a pele em movimentos retilíneos verticais e horizontais como no processo anterior. Para facilitar o processo devemos dividir a face em quadrantes e trabalhá-los um a um, escolhendo o sentido horário para não esquecer nenhum local. Ex: começo pela testa, em seguida a face lateral direita, metade do nariz lado direito, mandíbula, mento e orbicular boca lado direito. Volto pelo lado esquerdo da face, fazendo mento, orbicular da boca e mandíbula lado esquerdo, face lateral esquerda e metade do nariz, testa. Cada pessoa deve desenvolver metodologia de trabalho que facilite e agilize o procedimento. Aqui apenas exemplifiquei, relatando como eu faço o trabalho.

                                 PEELING ULTRA-SÔNICO


Aparelho que utiliza a vibração ultra-sônica aplicada na extremidade distal da espátula metálica com uma frequência de 25.000Hz, sendo que a mesma deve ser posicionada de forma tangencial à superfície da epiderme, exercendo um efeito mecânico, favorecendo o desprendimento das células queratinizadas da superfície da epiderme. A passagem de uma fina espátula vibrando com freqüência ultra-sônica (25.000 Hz), sobre um tecido previamente umectado, produz cavitação nas moléculas desse líquido.A evaporação do líquido produz expansão de vapor d’água, que “levantará” e com isso removerá células mortas do extrato córneo.Esse afinamento do extrato córneo é um peeling mecânico não abrasivo, conhecido como peeling ultra-sônico.Ao ser aplicado em um cliente, a emissão do ultra-som poderá ocorrer de duas formas distintas: contínua e pulsada.Na emissão contínua teremos um ultra-som ininterrupto.Na emissão pulsada teremos um ultra-som intervalado (interrompido).Nos dois casos teremos efeito mecânico. O efeito mecânico ocorrerá sempre.Na emissão pulsada, atenuaremos os efeitos térmico e químico. Na emissão contínua poderemos dar ênfase a esses efeitos.Portanto, a escolha da forma de emissão da onda ultra-sônica depende dos objetivos que se quer alcançar.Duas observações importantes:

a) o calor produzido por qualquer irradiação, a ultra-sônica inclusive, se propaga de dentro do tecido para a sua superfície. Logo, há grande risco de queimaduras internas.Quando essa queimadura se exteriorizar, já terá ocorrido uma lesão interna grave.

b) o uso prolongado do ultra-som pode levar à flacidez tissular.